quinta-feira, 2 de junho de 2016

Dengue, a importância da vacina.

  A Dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pode ser causada por 4 tipos de vírus (1 a 4). Estima-se que 400 milhões de pessoas no mundo são infectadas anualmente, dentre as quais 2 milhões, principalmente crianças, desenvolvem a dengue hemorrágica, uma forma grave da doença.
  Fatores como o aumento da urbanização, a mobilidade das populações e as alterações climáticas que aumentam o raio de ação dos mosquitos vetores criaram o ambiente perfeito para a expansão da dengue. Nos últimos 50 anos, a dengue se espalhou e, se antes estava presente em alguns países, hoje é endêmica em 128 países, onde vivem aproximadamente 4 bilhões de pessoas. Da mesma forma, a incidência da dengue aumentou 30 vezes nesse mesmo período. fonte:file:///C:/Users/User/Downloads/ComunicadoImprensaVacinaDengue%20(3).pdf

   
A Vacina
   A vacina contra dengue do laboratório Sanofi Pasteur já está no Brasil desde março de 2016, será comercializada a partir de julho,a demora para disponibilizar a vacina ao publico é devido avaliação da Câmara de Regulação de Medicamentos, órgão interministerial que avaliza os preços de remédios novos, determine o preço de venda do produto.
A fábrica desta vacina fica na região de Lyon, na França, e tem capacidade para produzir 100 milhões de doses por ano. Além do Brasil, a vacina está aprovada no México, El Salvador, Filipinas e Paraguai.Esta vacina é o resultado de mais de duas décadas de pesquisa, com base em 25 estudos clínicos em mais de 15 países em todo o mundo. Mais de 40.000 voluntários participaram no programa de ensaios clínicos da vacina contra dengue (Fase I, II e III), dos quais 29.000 voluntários receberam a vacina. 

Eficácia
   O artigo do New England Journal of Medicine NEJM, datado de 27 de julho de 2015, apresentou resultados de uma nova análise combinada de eficácia e segurança na vacinação de indivíduos com idade a partir de 9 anos nos dois estudos de Fase III da vacina contra a dengue da Sanofi Pasteur. A nova análise registrou que a vacina protege 66% desses indivíduos contra a dengue, proporcionando ainda maior proteção contra duas manifestações clínicas relevantes da dengue, como a dengue grave (93%) e a prevenção de internações por causa da dengue (80%), que representam o maior impacto social e econômico da dengue em países endêmicos. Em suma, a vacina candidata contra a dengue protegeu os participantes do estudo com idade a partir de 9 anos que foram anteriormente expostos à dengue (82%), bem como aqueles que ainda não haviam contraído a dengue (52,5%).
   A vacina é indicada para indivíduos entre 9 a 45 anos de idade, são três doses com intervalos de 6 meses cada.
   A Organização Mundial da Saúde (OMS) se referiu à vacina contra dengue como parte essencial dos esforços integrados de prevenção necessários para reduzir de maneira significativa a carga da doença em todo o mundo. A OMS fez um apelo para reduzir a mortalidade por dengue em 50% e a morbidade em 25% até 2020 nos países endêmicos.
   Aguardamos ansiosamente, mas não deixando de combater o mosquito. 



Bruna Abdo é Enfermeira e Responsável Técnica da Clinica de Vacinação ImunoVida, adora participar da saúde, cuidado e desenvolvimento de todas as pessoas  que frequentam a clínica.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Você já ouviu falar em Herpes Zoster?



  O vírus varicela-zóster (VVZ) causa duas doenças diferentes: a varicela (catapora) e o herpes-zóster (cobreiro), que pode ocorrer décadas após a infecção primária

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  A complicação mais temida do VVZ é a neuralgia pós- -herpética, que cursa com dor crônica (> 90 dias de duração), por vezes, limitadora da qualidade de vida.
  Durante a vida, um indivíduo pode ter mais de um episódio de herpes-zóster. As complicações da doença podem ser neurológicas, oftalmológicas, cutâneas e viscerais (em casos mais raros).

  A vacina herpes zoster (atenuada) é indicada para as seguintes condições:
» Prevenção de herpes-zóster;
» Prevenção de NPH (neuralgia pós-herpética);
» Prevenção de dor aguda e crônica.

   Quem está em risco de desenvolver o herpes- -zóster? 
  No Brasil, o contato com o vírus ocorre no início da infância.
  Um estudo que incluiu crianças e adolescentes de 1 a 15 anos, de escolas públicas no Estado de São Paulo, observou alta proporção de soropositivos na faixa etária de um a três anos de idade, ascendendo até os dez anos e mantendo-se em cerca de 90% a partir dessa idade.
  A prevalência em cinco regiões (Salvador, Fortaleza, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) variou de 88,7% em Fortaleza a 99,5% em Curitiba.
  Quase todos os adultos do Brasil estão sob risco de desenvolver herpes-zóster.
   A idade é o fator de risco principal de desenvolvimento da doença: com ela, a incidência e o nível de gravidade do herpes-zóster aumentam.Dos 1 milhão de casos novos por ano, cerca de 70% ocorrem em adultos com 50 anos ou mais.
   Aos 85 anos de idade, em torno de 50% dos indivíduos terão desenvolvido herpes-zóster.
  De acordo com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o risco geral de desenvolver herpes-zóster durante a vida é de aproximadamente um em três.

  Durante a vida, pode ocorrer mais de um episódio de herpes- -zóster. Muitos indivíduos são acometidos por ele mais de uma vez, o que demonstra que tê-lo não garante proteção contra episódios futuros da doença.



fonte:Atualização em herpes-zóster -Dra. Rosana Richtmann CRM-SP 50.470 » Médica Infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. » Presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.





Bruna Abdo é Enfermeira e Responsável Técnica da Clinica de Vacinação ImunoVida, adora participar da saúde, cuidado e desenvolvimento de todas as pessoas  que frequentam a clínica.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Calendário Nacional de Imunizações: O que mudou.

Mudanças no Calendário Nacional de Imunização

     A partir do ultimo dia 04, os postos de saúde de todo o Brasil adotaram o novo esquema de vacinação para as vacinas  contra poliomelite, HPV(papiloma vírus humano), pneumocócica 10 e meningite tipo C.  

O que mudou:
Na vacina contra papiloma vírus humano (HPV) esquema vacinal passa para duas doses, sendo que a menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose.
Estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres entre 9 e 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Já na vacinação contra pneumonia, vacina pneumocócica 10, a principal diferença será a redução de uma dose, que, a partir de agora, será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.
A terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos seis meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. 
A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema – aos dois,  quatro e seis meses de vida – com a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, quatro anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de um a quatro anos.
Também haverá mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.
O Calendário de Básico Vacinação brasileiro é aquele definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Atualmente é constituído por 12 produtos recomendados à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídos gratuitamente nos postos de vacinação da rede pública.


   Já para as crianças que são vacinadas em clínicas particulares não haverá modificações, considerando que o calendário de imunização adotado pelas clínicas é fornecido pela Sociedade Brasileira de Imunização - SBIM. Se tratando de um calendário que oferece todas as vacinas disponíveis no mercado brasileiro, são produtos importados, na sua maioria, autorizados e liberados pela Anvisa para seu uso em nosso país. Trata-se de produtos imunobiológicos de moderna tecnologia e alto custo, diferenciados dos produtos que se encontram na rotina disponibilizados na rede pública.

Abaixo clique para ver o calendário adotado para crianças de 0 a 10 anos:




Bruna Abdo é Enfermeira e Responsável Técnica da Clinica de Vacinação ImunoVida, adora participar da saúde, cuidado e desenvolvimento de todas as crianças que frequentam a clínica.



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