terça-feira, 30 de junho de 2015

Meningites, você sabe como ocorrem?

Meningites, você sabe como ocorrem?

      É uma doença que atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que atinge a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas.  Mais frequentemente é ocasionada por vírus ou bactérias, podendo também serem causadas por fungos. 
As principais causas são bactérias como a Neisseria meningitidis, o Haemophilus influenzae do sorotipo B e o Streptococcus pneumoniae.

De 5% a 15% da população mundial pode ser portadora e transmissora da Neisseria meningitidis, mas não apresentar nenhum sintoma, podendo infectar grupos mais suscetíveis como crianças e idosos.

Quais os principais sintomas?
Nas meningites virais, o quadro é mais leve. Os sintomas se assemelham aos das gripes e resfriados apresentando febre, dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência e irritabilidade. Uma vez que os exames tenham comprovado que trata-se de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho, como acontece com as outras viroses.
As meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente. Em pouco tempo, os sintomas aparecem: febre alta, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Esse é um sinal de que a infecção pode estar se alastrando rapidamente pelo sangue e o risco de septicemia aumenta. Nos bebês, a moleira fica elevada.

Importante: os sintomas característicos dos quadros de meningite viral ou bacteriana nunca devem ser desconsiderados, especialmente em duas faixas etárias extremas: nos primeiros anos de vida e quando as pessoas começam a envelhecer. Na presença de sinais que possam sugerir a doença, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico de urgência.
A mortalidade pode ocorrer em 5% a 10% dos casos mesmo com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Sem tratamento a mortalidade aumenta para 50% dos casos. E também pode resultar em sequelas como: danos cerebrais, perda de audição ou dificuldade de aprendizagem em cerca de 15% dos sobreviventes.

Transmissão
Ocorre através de contato de uma pessoa para outra pela tosse, espirro e pelas mãos sujas, isto é, vias fecal-oral, oral-oral, respiratória.
Como prevenir?
  •  Lavar as mãos frequentemente – ao chegar do trabalho, antes de preparar, servir ou comer alimentos: depois de usar o banheiro, após auxiliar uma criança a utilizar o banheiro, após trocar fralda, após limpar o nariz, tossir ou espirrar, e ainda proteger o nariz e a boca com o braço, ao espirrar ou tossir.
  • Não secar as mãos em toalhas úmidas. Em local coletivo utilizar de preferência toalhas descartáveis.
  • Manter o ambiente limpo e arejado.
  • Alimentos: lavar e desinfetar as frutas e verduras.
  • Limpar os reservatórios de água de abastecimento com solução clorada.
  • Utilizar filtro ou bebedouro para água potável.
  •  Desinfetar filtros e bebedouros regularmente com água clorada.
  •  Separar os utensílios de uso individual, em especial das crianças.
Vacinação
As vacinas são específicas para diferentes agentes etiológicos. 
As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS) são:
·         Vacina Pentavalente: protege contra meningite e outras infecções causadas pelo H. influenzae tipo b. Também confere proteção contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
·         Vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea).
·         Vacina meningocócica conjugada C: protege contra doença invasiva causada por N. meningitidis do sorogrupo C.
·         Vacina pneumocócica conjugada 10-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções causadas pelo S. pneumoniae dos sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.

Existem mais vacinas na rede particular, além das disponíveis no PNI.
  •  Vacina meningocócica conjugada contra os sorogrupos ACW-135Y – protege contra doenças invasivas causadas por N. meningitidis dos sorogrupos A, C, W135 e Y;
  •   Vacina meningocócica do sorogrupo B – protege contra doenças invasivas causadas por N. meningitidis do sorogrupo tipo B (vacina recém chegada ao Brasil - maio/2015);
  •    Vacina pneumocócica conjugada 13-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções causadas pelo S. pneumoniae dos sorotipos1, 3, 4, 5, 6ª, 7F, 9V, 14, 18C, 19ª, 19F, 23F.
Só lembrando... As meningites mais comuns são as virais (e sempre benignas). Para estas, não existe vacina.
Converse com seu médico, tire suas dúvidas...


Calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunização

Bruna Abdo é Enfermeira e Responsável Técnica da Clinica de Vacinação ImunoVida, adora participar da saúde, cuidado e desenvolvimento de todas as crianças que frequentam a clínica.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Meu bebê nasceu!!! E agora?



   Os bebes chegam ao mundo apenas com os anticorpos adquiridos da mãe. Nos primeiros meses de vida esses anticorpos são dissipados e, aos dois meses de idade, a criança está com menor nível de imunoglobulina. A partir daí o bebê começa a produzir seus próprios anticorpos, por meio de estímulos ambientais, vacinação e outros estímulos.

   Ao nascer seu bebê deve receber duas vacinas de suma importância: a vacina contra Hepatite B que será aplicada nas primeiras 12 horas após o nascimento e a vacina contra tuberculose, a BCG-Id.

   A vacina BCG-Id protege contra Tuberculose e Hanseníase.
  Tuberculose é uma doença transmissível de pessoa para pessoa pela saliva (tosse, espirro, fala) e afeta principalmente os pulmões.
A doença é especialmente grave em crianças pequenas, desnutridos e pacientes aidéticos. A melhor maneira de se prevenir da tuberculose é através da vacinação

  Como a aplicação é feita de preferencia no bracinho direito, o ideal é que fique uma cicatriz após a evolução da vacina; a injeção é por via intradérmica (aplicada entre as camadas derme e epiderme da pele).
   “Deve ser aplicada em dose única da BCG-Id. Uma segunda dose da vacina está recomendada quando, após 6 meses da primeira dose, não se observa cicatriz no local da aplicação.Em relação à Hanseníase, em comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose.”- http://www.sbp.com.br/src/uploads/2015/02/calendario-vacinal2015-2.pdf
     A lesão vacinal evolui da seguinte forma: 
-da 1ª à 2ª semana: mácula avermelhada com enduração de 5 a 15 mm de diâmetro.
-da 3ª à 4ª semana: pústula que se forma com o amolecimento do centro da lesão, seguida pelo aparecimento de crosta.
-da 4ª à 5ª semana: úlcera com 4 a 10 mm de diâmetro.
-da 6ª à 12ª semana: cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro
   Mamãe, não use nenhum tipo de medicamento na casquinha nem a retire.
O tempo de evolução da vacina é de seis a doze semanas, podendo demorar até 24 semanas para completar o ciclo. Eventualmente pode haver recorrência da lesão, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrização.
   A vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais como: 
a-úlcera com diâmetro maior que 1 cm;
b-abscesso subcutâneo frio;
c-abscesso subcutâneo quente;
d-linfadenopatia regional supurada;
e-cicatriz quelóide;
f-reações lupóide.

E também eventos adversos regionais e sistêmicos, que na maioria das vezes são decorrentes do tipo de cepa utilizada, da quantidade de bacilos atenuados administrada, da técnica de aplicação e da presença de imunodepressão congênita ou adquirida.
Devemos sempre nos certificar que a profissional de enfermagem esteja habilitada para realizar este procedimento.
   Além disso, essa vacina é contraindicada em pessoas com sorologia positiva para HIV que apresentem sintomas. Recomenda-se adiar a vacinação com BCG em recém-nascidos com peso inferior a 2.000 gramas e que apresente alguma infecção de pele no local da injeção.
Qualquer hipersensibilidade aos componentes de uma vacina a torna contraindicada, e poderá ocorrer reação anafilática após tomar uma das doses.

   Agora vale lembrar que todas as vacinas devem ser indicadas pelo pediatra do bebê, e principalmente a BCG-Id deve-ser acompanhada na sua evolução.



Bruna Abdo é Enfermeira e Responsável Técnica da Clinica de Vacinação ImunoVida, adora participar da saúde, cuidado e desenvolvimento de todas as crianças que frequentam a clínica.

Atende na Rua Humaitá, 1078 – Araçatuba - SP

Bibliografia:













terça-feira, 9 de junho de 2015

9 de Junho Dia da Imunização

Hoje é o Dia da Imunização e surge a seguinte pergunta:

"Suas vacinas estão em dia?"

"Assegurando que você e sua família tenham as vacinas que necessitem em dia, aumentará suas possibilidades de ter um futuro saudável"

Procure uma Unidade Básica de Saúde ou uma Clínica de Vacinação com a sua carteirinha de vacinação em mãos, e verifique como está a sua proteção.

Sabemos que a vacinação é o meio mais eficaz e seguro para manter sua proteção contra doenças virais e bacterianas, não permita que seus familiares se exponham, desnecessariamente, a tais doenças como:

Difteria
Tétano
Coqueluche
Tuberculose
Hepatite A e B
Pneumonias bacterianas
Meningites bacterianas
Catapora -varicela
Rubéola
Sarampo
Caxumba
Febre amarela
Rotavírus
Febre tifóide
Herpes Zoster
HPV - Papilomavírus Humano
Gripe




"Cuide-se"

sábado, 6 de junho de 2015

Um furinho no pé...

Um furinho no pé...

Para que serve o teste do pezinho?

A triagem neonatal, também conhecida como teste do pezinho, costuma ser realizada entre o 3º e o 7º dia de vida, ou o mais breve possível. É um exame laboratorial simples que tem como objetivo pesquisar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar lesões irreversíveis no bebê, como por exemplo, o retardo mental.

É realizado justamente no calcanhar por ser uma parte do corpo bastante vascularizada e de fácil recolhimento do material (algumas poucas gotinhas de sangue). Não se preocupe seu filho não vai sofrer e estará sendo submetido a um exame que pode prevenir o desenvolvimento de uma série de doenças graves e até salvar a vida dele. 

O teste do pezinho chegou ao Brasil na década de 70 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito.  Em 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o território nacional. Atualmente, a versão básica do teste, oferecida na rede pública de saúde de todo o país, detecta seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e a deficiência de biotinidase. As duas últimas da lista foram incorporadas ao teste em novembro de 2013.

Aqui na Imunovida é oferecido o teste do pezinho da CTN. Este teste oferece uma ampliação no diagnóstico de doenças, a versão PLUS comtempla, além das 6 doenças oferecidas na rede pública, inclui, também, a toxoplasmose congênita e galactosemia.

A versão MASTER pode identificar mais de 30 distúrbios diferentes, sendo ainda possível incluir outros 4 exames opcionais.



Abaixo está a maneira correta da coleta do exame. 




 
1. Teste Master: 6 círculos
2. Teste Plus: 4 círculos
3. Teste Ampliado: 3 círculos
4. Teste Básico: 2 círculos
5. Exames Opcionais: 6 círculos
6. Para triagem neonatal por Espectrometria de Massa em Tandem (MS/MS) é necessário pingar gotas de sangue em um segundo papel-filtro, preenchendo 2 círculos cheios. 


8. Uma vez concluída a coleta de sangue, é necessário pressionar a área puncionada com um algodão limpo e/ou coloque uma bandagem anti-séptica.

Como tudo começou

Como tudo começou....

  A Clinica de Vacinação ImunoVida, nasceu da motivação de oferecer qualidade de vida, saúde e bem estar para as pessoas, pois acompanhar o sofrimento de pacientes terminais, ver crianças em situações muito dolorosas, e chorar sozinha por cada um que não conseguimos evitar a partida, sempre foi extremamente doloroso para mim. Então, eu que desde menina almejava ter meu próprio espaço de trabalho, idealizei e elegi a prevenção de doenças como forma de me realizar profissionalmente.

  Quando me formei em enfermagem pensava que havia apenas um trabalho a ser oferecido que é o cuidar de pessoas que necessitam de assistência médica dentro de hospitais, postos de saúde, ambulatórios, etc. Estava errada, os horizontes são maiores.

  Com o passar dos anos fui descobrindo que  poderia oferecer bem mais do que cuidados assistenciais, e busquei alternativas de trabalho. Trabalhei como enfermeira responsável por uma Clínica de Diagnostico em Oftalmologia, e como Gerente Administrativa em outra clinica de Oftalmologia (me apaixonei por esta especialidade), em seguida voltei a trabalhar em um hospital e me dei conta que não era mais a minha praia; mas a enfermagem está no sangue, e gosto de ser enfermeira e me realizo nisso. Então, peguei todas as minhas economias e algumas ajudas extras, fui a luta, daí nasceu a ImunoVida.

  E como nem tudo são flores, enfrentei dificuldades no começo, como, por exemplo:

  • Clinica funcionando e nenhum cliente por vários dias e até semanas;
  • Depressão, pois estava tudo pronto e eu ficava o dia todo esperando alguém aparecer para receber uma "picadinha"(rs);
  • Sou agitada, me vi transtornada sem ter o que fazer, no trabalho para o qual me preparei por muito temp.


  Mas, o tempo foi passando, as pessoas começaram a conhecer a Imunovida, e confiar no meu trabalho, aprendi a ser mais calma, e as campanhas de publicidade (que são caríssimas por sinal) começaram a apresentar resultados. E assim, consegui manter a clínica funcionando com ajuda de amigos, parentes e todos os clientes que já passaram por aqui, e que confiam no meu trabalho.

  Hoje iniciei esta nova etapa, montar este blog e compartilhar com vocês um pouco da minha experiência como enfermeira, mãe e empreendedora.


Esta sou eu!



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